quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Vigília



O chão do mundo é tênue,
despenca fácil. Uma
membrana estirada.
No coração da cidade
a boca da terra boceja,
engole guindastes e gente.

Quisera pisar este chão
com leveza de guará.
Mas os calcanhares
se afundam no solo fofo.
A cada passo sinto
um punhado de terra
se deslocando,
crateras famintas
ainda por nascer.


2 comentários:

jascha disse...

The ground is not stable: It strains and gives in to a hole in the heart of

The city. The earth has a mouth and it yawns so a crane and a crackhead

are gone and that's it. If I'd wanted to sneak up to you as a wolf with red

Wings then I would. But the weight of a heel will get sunk in the dirt and

The dirt has a way of its own. And a hole not yet dug can get hungry

Carlos Eduardo Teixeira C disse...

Nossa, Lavínia!

Suas palavras também têm uma nobreza de sentidos incrível! Aqueles versos que postou lá no Interlúdios... nossa! Vim correndo aqui ver o poema completo!

Demais!!!
Abração!
Carlos Eduardo