O ovo se auto-contém.
Até que alguém o quebre,
o que é ovo é ovo,
e fora dele é apenas o mundo.
Delineando minhas fronteiras,
lembro que a pele escama,
e que as células, casamenteiras,
se atrelam às coisas do mundo.
E que o mundo nos invade.
Ele me adentra pelas narinas,
pelos póros e pela boca aberta em O:
espaço perfeito para guardar um ovo.
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