O chão do mundo é tênue,
despenca fácil. Uma
membrana estirada.
No coração da cidade
a boca da terra boceja,
engole guindastes e gente.
Quisera pisar este chão
com leveza de guará.
Mas os calcanhares
se afundam no solo fofo.
A cada passo sinto
um punhado de terra
se deslocando,
crateras famintas
ainda por nascer.
2 comentários:
The ground is not stable: It strains and gives in to a hole in the heart of
The city. The earth has a mouth and it yawns so a crane and a crackhead
are gone and that's it. If I'd wanted to sneak up to you as a wolf with red
Wings then I would. But the weight of a heel will get sunk in the dirt and
The dirt has a way of its own. And a hole not yet dug can get hungry
Nossa, Lavínia!
Suas palavras também têm uma nobreza de sentidos incrível! Aqueles versos que postou lá no Interlúdios... nossa! Vim correndo aqui ver o poema completo!
Demais!!!
Abração!
Carlos Eduardo
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