Na despedida do Rio
faço um poema piegas
logo seco o poema
resta um grão de sal.
Sais e lembranças
puxam água do ar,
e digamos que eu
me diplomei em chorar.
O grão incha em pedra
me pesa no bolso
desnivela a saia.
Quando fura o forro
e despenca no chão,
aí eu apanho na mão.
Então lhe dou nome: Saudade.
A pedra sussurra
que é tempo de voltar.
3 comentários:
Um poema quase romântico, hein...rs
Amar a cidade é bom. Eu a amo e odeio. E gosto de amar e de odiar. Acho que não odiaria se não amasse e vice-versa.
Diplomada em chorar é magnífico!
joga a pedra n'água! (rs)Gosto muito da sua poesia...
Diogo, pois eh, no fundo acho que ficou meio piegas mesmo. Ah, deixa pra lah, tenho um lado piegas (pior: cafona) que transparece na poesia de vez em quando. Mas faco um esforco pra controlar.
A.E.: Idem, cara, idem.
Bjs
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