domingo, 21 de janeiro de 2007

Protesto em solene defesa da Orquídea

Caros leitores,

O meu colega Chico, do Mato Grosso, escreveu protestando contra o meu poema “Orquídea,” (do 8 de janeiro deste ano) explicando que a tal flor não é planta parasita. Após breve pesquisa, constatei que realmente é o caso. Pois bem. Controvérsia até que eu curto, mas difamação de caráter, por mais que de natureza botânica, nunca fez bem a ninguém. Então: alguém aí sabe de alguma flor parasita que cresce em tronco d'árvore? De repente é só trocar a flor (êta preguiça de poeta).

Com mil desculpas à ordem Asparagales, à família Orchidaceae, e às orquídeas brancas da rua dos meus pais.

"Orquídea"
http://palavrogramas.blogspot.com/2007/01/orqudea.html

2 comentários:

Anônimo disse...

A ver, un intento. No se si te sirve linda... has oido hablar de la rafflesia, que huele a cosas muertas?

"Esa extraña flor de más de un metro que puede pesar más de siete kilos y huele tan mal. No es ninguna metáfora, solo una horripilanta flor parásita que desprende calor pestilente para atraer insectos que la polinicen."

De cualquier manera me encanta el poema de la orquidea, entonces no lo botes PORFA!

Miramontes

Anônimo disse...

Olá, sabe que pensei em te dar a sugestão de trocar a orquídea pela planta certa na tua poesia ainda naquele dia? Ainda bem que fiquei quieto: seria a maior injustiça que eu poderia ter cometido.
O que escrevestes é um primor, se fosse uma orquídea uma planta parasita, a forma do teu poema estaria perfeita e a expressão do sentimento seria completa! Imagines uma pessoa que não sabe da natureza da orquídea, para ela, se tivesse a minha visão, saudaria o teu poema como perfeito, simplesmente perfeito. Tu nem imaginas o quanto eu queria ter sido um leigo em Botânica na hora em que o li: tive que fazer o exercício de aliviar-me do peso escolar que coloquei sobre a minha cabeça e ler de novo a tua poesia com o coração de um leigo e, então, entrar na alma dela com os meus olhos de Poeta.
Tu dizes preguiça de poeta ao querer trocar de flor( é para não perder a poesia porque tu sabes que escrevestes uma poesia com alma), pensando bem, parece-me sensato deixá-la como está: o poema te nasceu não pelo o que a orquídea é, mas, pelo que ela estava te inspirando naquele momento e, então, ela, a poesia, é perfeita. Pensando melhor ainda, não deves mexer na tua poesia! Se quiseres mesmo se redimir de teres ofendido o caráter da orquídea( tanto tem alma o teu poema que pensas ter ofendido a orquídea), escreva o primeiro P.S. do mundo numa poesia e te redima, mas, sob hipótese nenhuma mexa na tua poesia. Pensando ainda mais, será que será realmente esse o primeiro P.S. em uma poesia? Já imaginastes: teríamos inventado poema interativo entre o Poeta e o seu Leitor, onde o Poeta explica que usou a imagem que a orquídea lhe inspirava para falar sobre um caráter dissimulado, em que pese a orquídea não ser uma planta parasita. Isso acordaria o leitor para a essência do teu poema, e gregos e troianos e outras bestas como eu não se dariam o trabalhos de te "cortar o barato", se na essência ele está compreendido, o poema deu o seu recado! Mesmo num corpo trocado o poema tem a sua alma... ( meu Deus, como eu pude ter sido tão estúpido? )
Talvez porque eu ame as orquídeas na sua essência e faria o avesso do teu poema se tivesse tido a mesma inspiração que tu? A orquídea para mim é uma das formas mais singelas da natureza expressar-se como ente feminino, fecundo e criador no nosso planeta (até onde eu sei, por enquanto, no nosso planeta). Vês agora com os meus olhos, vistes como é diferente?... Eu vi com os teus olhos e vi que vistes a essência do poema. Se para ti uma orquídea tem caráter, não te espantes se te digo que nós conversamos e elas me dizem cada coisa sobre como a consciência cósmica tece a vida e a consciência nos seus mais diferentes reinos... Ás vezes é intraduzível, pelo menos por enquanto...


Vais fazer o P.S.? Me mostra que eu quero ser o primeiro a vê-lo. Será mesmo que ninguém nunca escreveu um P.S. num Poema?