Ela optou por julho.
Ele esperou até agosto.
Ela se foi
catando atenções, até que
escapuliu, serelepe.
No hospital eu e a Dinda
passávamos vaselina nos seus lábios,
dizíamos que estava bonitinha.
Ela sorria,
e morria mais um pouco.
Ele partiu como viveu:
sem querer dar trabalho.
Cheguei a vê-la na capela,
mortinha da silva.
Ajeitei a sua gola e
olhei pela janela quando fecharam
o lacre.
Passei aquela noite
ao lado dele.
Por isso sei:
foi a assimetria
que ele não agüentou.
O criado-mudo sem par.
Quando eu voltar em dezembro
vou me deitar no meio da cama.
Pra estudar
esse novo equilíbrio.
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