Sansão cabisbaixo,
acorrentado às colunas,
fitando os próprios pés,
esperando.
Uma flor de suor
brotando na testa.
Eu sou Sansão.
Plínio, debruçado
na balaustrada.
No horizonte, um negro veludo
encobre Pompéia.
A montanha vomita fogo.
Ele agüarda, o olhar clínico.
Eu sou Plínio.
Maria Quitéria, mulher-soldado,
empunhando a baioneta
na foz do Paraguaçu:
Culote, bota e perneira.
O olho na mira,
a mira no alvo,
esperando.
Eu sou Maria.
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