quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Vitrine



Você vem à minha casa—
Eu cozinho macarrão—
Você me retorce as vísceras—

Eu tenho a boca afiada, é
e os olhos moles, sou puro mel
e cal viva. Abre a boca e engole.

Cheiro a tua frieza pétrea—
Chega mais: você já viu de perto
um coração remendado—
um bule vermelho e roliço
estilhaçado e recomposto?

Superbonder é demais.
Vá pro inferno.
Eu tenho fome e vou jantar sozinha.



2 comentários:

jascha disse...

linda mesmo! um soneta da paixao, acho. gostei bastante; vou traduzir!

Letras de Babel disse...

acho que vais ver este lá no meu blog :)

homenagem...

(que é superbonder?)

beijos