(Resposta a Aldo Guerra)
Eu escrevo sobre o amor
porque o amor é caolho
e meu mundo, enviesado
clama por ângulos
inesperados.
Eu falo do amor
porque ele me escapole das mãos
feito uma enguia
que se devolve, debatendo,
ao mar.
Eu futuco o amor
em busca de coisas perdidas—
e de outras
jamais tidas.
Eventualmente, eu me faço
à semelhança do amor,
mel e vinagre numa cuia sem fundo.
Eu me faço como o amor,
pleno e amplo e claro.
Eu me faço como o amor,
raso e vazio e oculto.
Um comentário:
Muito bom!!!
Parabéns, Lavínia!!!
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