Da fazenda restou o sítio,
O campo talhado rente à sede
Feito bainha de saia.
Do sítio sobrou a casa,
Os pés de café virados pra porta
Como filhos ansiosos.
E depois ficou só o quarto,
Quatro paredes caiadas
E uma janela sem postigo.
E esse tempo todo,
Enquanto a sua rija geografia
Se recolhia para dentro de si,
Algo nele se desdobrava
Leve e evaporante
Como um guião de renda,
E se espalhava errante
Por correntes que desconhecem
As coisas duras e limítrofes.
NY, março de 2007
Um comentário:
O TEU POETAR É FORTE
IMAGÉTICO
ENTREMEIO EM LUZ E SOMBRA
OBRIGADO
Pepe
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