Você acorda e morde logo um poema.
Sacode a cabeça feito um cão,
Testando a resiliência.
As pontas se esfarelam
Porém a estrutura resiste.
Eu saio da cama dando cambalhotas
Pela alcatifa de palavras.
As que eu esmago com as costas
Estilhaçam em sílabas.
Outras engancham no meu cabelo
E umas letras nos cílios.
De noite vai dar um trabalho daqueles
Varrer este quarto.
E depois ninguém terá
Nada mais a dizer.
NY, março de 2007
2 comentários:
o silêncio das letras.
...a fazer do teu corpo-o-seu-corpo,
às vezes leve
às vezes louco..
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