para M. Makeba
A voz erguida
sustém
um bemol liso e aberto
alça
sobre cada cabeça um teto
afixa
em cada corpo uma varanda
e ainda
põe nome na casa:
País
e quando a nota cessa
ela pousa leve
mente
mas
resta a
dor-fantasma
dum país
(país-fantasma)
NY, março de 2007
2 comentários:
que haveríamos de fazer dos fantasmas
...senão convidá-los para o vinho?
abraçO lavinia
a minha casa tem um nome grande:
mundo
nela estou eu e toda a dor
do pó que lhe entra
e toda a claridade
dos olhos duma criança
e tudo é pouco
para saciar e deter
um estômago ulcerado
e um pensamento armadilhado
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beijos
deste mundo fantasma
nan
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