quarta-feira, 18 de abril de 2007

Poema de aniversário



Tem ausências que te escaldam
Feito baldes d’água quente.
Outras tantas se sentam ao teu lado
E te fitam silenciosas, aqueles
Gordos vazios mal-apaziguados,
Todos vácuos que se inflam,
Balões reconchudos no teto do
Saguão onde não estouram, vazios
Bem-marcados que te seguem
Pra casa, pra cama, que perfuram
A madrugada, ausências tão
Presentes que te mancham a vista,
Te desabrocham pelo dia
Num pulsar de veia cava.



(hic- bebi demais, amanha eu termino. LS)

2 comentários:

un dress disse...

tão presentes as

ausências

que

pouco sobra



de ti


*

Anônimo disse...

Eita lasqueira, ausências que cortam a gente feito faca corta o bolo, tudo em fatias e devoram-nos! Vim beber minha cachaça - tua poesia. Beijossss