Tem ausências que te escaldam
Feito baldes d’água quente.
Outras tantas se sentam ao teu lado
E te fitam silenciosas, aqueles
Gordos vazios mal-apaziguados,
Todos vácuos que se inflam,
Balões reconchudos no teto do
Saguão onde não estouram, vazios
Bem-marcados que te seguem
Pra casa, pra cama, que perfuram
A madrugada, ausências tão
Presentes que te mancham a vista,
Te desabrocham pelo dia
Num pulsar de veia cava.
(hic- bebi demais, amanha eu termino. LS)
2 comentários:
tão presentes as
ausências
que
pouco sobra
de ti
*
Eita lasqueira, ausências que cortam a gente feito faca corta o bolo, tudo em fatias e devoram-nos! Vim beber minha cachaça - tua poesia. Beijossss
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