domingo, 8 de abril de 2007

A corda cede



A corda cede
Mais um cadinho.
Meio-metro de queda e
A barriga despenca junto.

V
u
u
u
m


A platéia urra! (se é que há platéia)
Sapatilhas dançam no ar
Um samba desengonçado
(o desespero sempre é).
E logo reencontram a corda.
O corpo reinventa algum
Risível centro de gravidade.

A desequilibrista retoma
O seu precário show
Sem rede nem barra
A mil metros de altura
Sobre o mar de concreto
Que é o chão do seu ser.


NY, abril de 2007

3 comentários:

un dress disse...

...sobre o mar do medo

as mãos de musgo

a crescer

nas paredesssssssssss...

Pollan disse...

uma samba canção

sem fim.

un dress disse...

...e aqui a plateia foge.


es
pa
vo
ri
da.................................