Na desova da piracema
quando pescador honesto
recolhe suas tarrafas,
o surubim, peixe de couro,
rastreia silencioso a barriga do rio.
Mas na feira de domingo
o pescador, homem de couro,
remendando a rede repete sempre:
surubim é peixe ignorante.
No São Francisco desceu
a vida toda peixe morto.
Surubim não sabe saltar.
Sai de dentro d’água e,
com a velocidade que vem,
bate com a cabeça na pedra
e morre na hora.
É essa a burrice do surubim,
apesar da carapaça que o reveste,
e do fundo escuro de leito de rio,
das esquisitices do lodo negro em que
só surubim se atreve.
recolhe suas tarrafas,
o surubim, peixe de couro,
rastreia silencioso a barriga do rio.
Mas na feira de domingo
o pescador, homem de couro,
remendando a rede repete sempre:
surubim é peixe ignorante.
No São Francisco desceu
a vida toda peixe morto.
Surubim não sabe saltar.
Sai de dentro d’água e,
com a velocidade que vem,
bate com a cabeça na pedra
e morre na hora.
É essa a burrice do surubim,
apesar da carapaça que o reveste,
e do fundo escuro de leito de rio,
das esquisitices do lodo negro em que
só surubim se atreve.
2006
10 comentários:
que belo olhar
e o chico continua aí
batendo cabeça
abs, Lavínia, poeta surubim
http://paraneura.blogspot.com/
meu blog por favor leia e veja se gosta! obrigada o seu é otimo fiquei fã
eu sou um surubim
hiato poético ls?
O que li hoje no seu blog, que visitei pela primeira vez, me fez chorar. Você transborda talento. Obrigada!
Li auguns escritos aqui e gostei muito.
Parabéns pelo trabalho poeta!
Um abraço!
moça,
volta.
KD VC?!
Olas Lavinia,
Parabens pelo blog e excelentes poesias.
Um gênero que merece mais divulgação
em nosso país.
Estou começando também um blog de poesias.
Quando puder, da uma olhada em:
http://ozonioazul-poesia.blogspot.com/
Comentarios seriam super bem-vindos.
Tudo de bom, Eridanus
ai de mim que há meses não leio um poema novo seu.
saudade de suas letras.
f. talal
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