Entre sístole e diástole
Na piscadela dos olhos
Na apnéia do mar
Entre os dedos dos pés
No vazio entre os seios
No vácuo da rosca
No alento que antecede
O como-vai, o bom-dia
No umbigo do furacão
No vão da porta
Nos brancos das pautas
No papel entre as linhas
No nada-de-nada entre universos
Na pausa sincopada
Na cesura da sinfonia
Ali moro eu
Entre a noite e o dia.
NY, abril de 2007
Um comentário:
no preciso momento
em que a água se queda
no trilho do rio
ali moro eu
dúvida infinita.
*
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