sexta-feira, 13 de abril de 2007

Música



Você tem as mãos leves,
A alma larga
E a poesia indócil.
E ao seu lado nada de nada
Resta incólume.

Azulejos rangem e racham
Sob os seus saltos.
No seu colo
Mesmo o mar
Esquece o próprio embalo,
Vira do avesso, suspira
Quebrado.

Você espalma as mãos
E vê que as linhas
Traçam pautas.
A música
É de uma doçura indescritível, e
Selvagem como qualquer mundo.


NY, abril de 2007

Um comentário:

un dress disse...

da floresta incauta

da tua música

outras mãos



.



cres.ceM