Raízes estiradas feito mãos franzinas
agarradas ao tronco com desespero de náufrago
As juntas dos dedos esbranquiçadas pelo esforço
e ali desponta o caule, esguio e ereto: pose de militar
ou bailarina de tule branco, as pétalas abertas
ao mundo com uma despreocupação obscena
que abafa o que transparece na raiz:
aquilo que suga e sufoca, índole de parasita.
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