O que páre o ovo
É tão imperfeito
Quanto o que o ovo páre.
A linha óbvia do casulo
Esconde o caos latente.
Uma gema não se agüenta.
Uma clara, manso ungüento,
Libertada chora e chora.
Um pinto embriônico
faz nojo. A crosta perfeita
Pujança efêmera, chocalho de deus.
Tudo é. Assim sou eu.
Um comentário:
Fico pasmada com toda sua poesia, que é pura fascinação!
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