domingo, 11 de fevereiro de 2007

Das pequenas artes



Teço da minha saliva
Uma teia platinada, libero
Enzimas digestivas

Faço do meu corpo inteiro
Um punho cerrado
Esbranquiçam-se as juntas

E minha goela que dilato
Pra encaixar o que me vier
(mesmo que me falte lastro)

Estalo meus ossos, repuxo
De seus melados nichos
Úmeros e falanges, dentes e costelas.

A que outro ardil recorrer?
Te agarro na carreira:
Digerir antes de repensar.


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